Num país que agora está reprimindo o crescimento econômico para não explodir a inflação, está difícil pensar em aumentar o tamanho da economia com base num equipamento básico de qualquer país decente, que é o porto marítimo. Pois é: estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado ontem, estima que seriam necessários R$ 42 bilhões para viabilizar as 265 obras importantes ligadas ao setor.
Não vai dar. Na previsão do Ipea, nos PACs 1 e 2 só existem R$ 15 bilhões de previsão de investimentos e isso em apenas 51 obras. O coordenador de Infraestrutura Econômica do Ipea, Carlos Campos, diz que uma experiência positiva é a do Porto de Suape, em Pernambuco que trabalha com o conceito de porto indústria e tem revelado excelente performance.
O outro, segundo ele é o Porto de Santos, em São Paulo, que naturalmente, tende a continuar sendo o maior porto brasileiro – trabalhando com o conceito de porto concentrador, onde os grandes navios vão atracar e o resto da carga será distribuída para navios menores por meio de um sistema de cabotagem. O estudo questiona a morosidade dos serviços na área de porto e diz que funcionando apenas 10 horas por dia fica difícil. Além disso, existe o desafio da dragagem e derrocamento identificado para 46 obras. Dessas, 36 são de aprofundamento e alargamento das vias usadas pelas embarcações. Pois é: Suape ganhou mais um diferencial.
Jornal do Commercio
Coluna JC Negócios
(18.05.2010)
terça-feira, 18 de maio de 2010
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