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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Novos recursos para a cidade

Os R$ 53 milhões do PAC2 destinados a Jaboatão dos Guararapes devem ser empregados em projetos de habitação, urbanismo e saneamento. E basicamente em comunidades pobres. O bairro de Aritana receberá a maior parcela, reservando-se R$ 15,8 milhões para aberturas de ruas, relocação de moradias, construção de praças, escolas e sistema de esgoto.

Para o prefeito Elias Gomes (PSDB), a inclusão do município no PAC2 é resultado do esforço da prefeitura, desde janeiro de 2009, para regularizar a sua situação junto ao governo federal. Antes disso, Jaboatão aparecia com pendências com vários ministérios e órgãos da União e agora, segundo o tucano, está com a situação regularizada no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e no Cadastro Único de Convênio (CAUC).

A segunda maior quantia prevista no PAC será para obras e projetos em canais, com investimentos de R$ 14 milhões. Os bairros de Piedade e Candeias serão contemplados com R$ 10,9 milhões, montante planejado para pavimentação de seis ruas e avenidas. As áreas de morros e encostas das comunidade de Engenho Velho, Santo Aleixo, Zumbi do Pacheco e Sucupira terão obras avaliadas em R$ 8,6 milhões. A meta é que 7,5 mil famílias dessas quatro localidades sejam beneficiadas pelos serviços.

Jaboatão dos Guararapes

Recursos Recebidos do Governo Federal em 2010


Recursos Recebidos por Área

Encargos Especiais R$ 56.572.562,31
Assistência Social R$ 47.442.489,50
Saúde R$ 45.234.264,08
Educação R$ 8.123.069,77
Direitos da Cidadania R$ 2.119.936,63

Recursos Recebidos por Ação

FPM - CF art. 159 R$ 27.726.791,92
Fundeb R$ 23.629.814,87
TETO MAC R$ 21.414.549,78
PAB Variável - PSF R$ 8.328.912,00
PAB Fixo R$ 8.143.080,00
Recursos Pagos Direto ao Cidadão
Bolsa Família R$ 44.225.363,00
Transferência de Renda - PETI R$ 20.575,00

Painel

Repasses do governo federal para o município em agosto de 2010: R$ 19.165.015,15
Repasses do governo federal para o município acumulado em 2010: R$ 163.125.388,42

Diario de Pernambuco
18.11.2010

Crescimento do Estado pode triplicar até 2030

Economia com números bastante otimistas para este fim de ano e ainda boas previsões para 2011, de acordo com a terceira análise da Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan). E é a indústria a grande responsável pelos índices brasileiros, com crescimento de 13,8% no primeiro trimestre de 2010, em relação ao mesmo período de 2009. E o desempenho industrial de Pernambuco tem destaque nessa tabela, com alta de 17,5% nesse período. E os dados, segundo a economista Tania Bacelar, desmentem a ideia de que o País passa por um processo de desindustrialização. “O cenário é favorável. Há estudos que mostram que o crescimento de Pernambuco pode triplicar até 2030. Em uma previsão pessimista, poderia ser multiplicado por 2,5”, analisou.

As vendas do comércio varejista foram acima da média nacional na Paraíba, Ceará, Maranhão, Alagoas e Pernambuco (que cresceu 12,2% de janeiro a setembro de 2010, em relação a igual período de 2010). “O Natal deste ano vai ser uma festa”, previu Tania Bacelar. E na linha do crescimento vem o emprego formal, que, de janeiro a setembro deste ano, teve alta de 5,3% no País, 4,4% no Nordeste e teve Pernambuco com excelente desempenho: 5,8%. Significa mais de 81 mil empregos no Estado, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Aqui, o setor que mais empregou foi o de Serviços, com 33% das vagas. Construção civil vem em segundo (27,9%). “No Recife, conseguimos nos livrar do desemprego e do baixo rendimento médio do trabalhador. Hoje, lideramos a queda da taxa de desemprego e o crescimento dessa renda”.

Em geral, as perspectivas para 2011 são boas. Mostram uma economia com números inferiores aos de 2010 mas, em contrapartida, com recuperação de muitos países até então em dificuldade. No cenário mundial, o Ceplan mostra que o PIB brasileiro deve fechar 2010 em 7,5%, bem superior à média mundial, de 4,8% e também acima dos 2,6% atingidos pelos Estados Unidos. O PIB brasileiro deve ficar abaixo da Índia (8,6%) e China (9,4%). A previsão de PIB para 2011 no Brasil é de 4,1%.

Por TATIANA NOTARO
Folha de Pernambuco
18.11.2010

Pernambuco a todo vapor

A economia de Pernambuco cresceu em ritmo chinês no primeiro trimestre do ano (julho-setembro), 50% acima da média nacional, desempenho puxado pela indústria com destaque para a construção civil. O Produto Interno Bruto (PIB) pernambucano foi o que mais se destacou entre os estados nordestinos, apresentando a taxa exuberante de 12,4% contra 8,8% do Brasil. Numa projeção otimista, o PIB estadual de R$ 70 bilhões poderá triplicar até 2030. O dinamismo econômico do estado é comprovado pela redução da taxa de desemprego que caiu de 10,6% para 8,2% na Região Metropolitana do Recife (RMR), sem contar com a criação de 81.322 empregos formais entre janeiro e setembro e o aumento de 8,9% do rendimento médio dos ocupados.

É o que aponta a terceira análise conjuntural da Ceplan Consultoria sobre o desempenho da economia brasileira e regional. O boletim mostra que o Brasil se recuperou bem da crise econômica mundial (2008/2009). A indústria - setor mais afetado pela crise - fez o dever de casa e liderou o crescimento, com destaque para a Região Nordeste, em especial em Pernambuco e no Ceará. A tempestade externa provocada pela crise cambial que já afeta as exportações não deverá atrapalhar o ritmo de crescimento do país em 2011. Os economistas apostam que o Brasil e Pernambuco sofrerão pouco impacto porque têm estratégia de crescimento focada no mercado interno.

A economista Tânia Bacelar, sócia-diretora da Ceplan, destaca que o Brasil está na ´contramão` da economia mundial. ´Chama a atenção dos demais países como o Brasil prossegue com a recuperação do emprego formal e a redução das taxas de desemprego, tendência oposta a mundial`. Em sua avaliação, o país construiu um padrão de crescimento sustentável nos últimos anos, puxado pelo crescimento do mercado interno e dos segmentos que mais empregam. ´O setor privado faz a sua parte e o governo tira proveito com o crescimento da arrecadação de impostos`. Uma prova é a receita de ICMS (imposto estadual) que cresceu 18,3% no Nordeste e 19,7% em Pernambuco, puxado pelas vendas no varejo.

Na análise conjuntural, o professor Leonardo Guimarães, sócio-diretor da Ceplan, chama a atenção para o crescimento do emprego formal no país e no Nordeste, em especial Pernambuco, com aumento de 5,8% do número de vagas com carteira de janeiro a setembro. O setor de serviços e a construção civil puxaram a maior oferta de postos de trabalho na RMR. As obras no Porto de Suape e de infraestrutura nas estradas, além da construção de habitações, incrementaram o número de postos de trabalho. Na avaliação dos economistas, o desafio dos próximos anos é a falta de mão de obra qualificada.

Por Rosa Falcão - rosafalcao.pe@dabr.com.br
Diario de Pernambuco
18.11.2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Parqtel // Exportação de painéis solares

De olho nas vantagens financeiras e ambientais da energia solar, Pernambuco deve iniciar de forma pioneira a exportação de painéis solares com a primeira fábrica de placas energéticas no Brasil, a partir de 2012. O governo do estado e representantes das empresas Eco Solar e Oerlikon assinaram, ontem, um acordo de intenções para construir uma unidade no Parque Tecnológico de Pernambuco (Parqtel), no Curado.

O empreendimento terá aporte financeiro de R$ 500 milhões e capacidade de produção de 850 mil painéis fotovoltaicos por ano. A previsão do governo do estado é de que sejam gerados 400 empregos diretos durante as obras, que devem começar dentro de 60 dias, e outros 250 quando a unidade entrar em operação. Além desses, 1,3 mil trabalhadores atuarão na instalação das placas. O instrumento é responsável por captar e armazenar a energia solar.

O presidente da Eco Solar do Brasil, Emerson Kapaz, afirmou que o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) financiará 70% do valor do projeto, enquanto R$ 100 milhões serão garantidos pelo fundo de investimentos europeu FXX Corporate. ´Há interesse de uma empresa brasileira e de um fundo de investimentos americano em participar do negócio`, afirmou. Ele confirmou que a empresa suíça Oerlikon fornecerá tecnologia e equipamentos para Estados Unidos produção dos painéis e disse que a produção pernambucana deverá ser escoada para os EUA, Chile, Peru e Argentina.

A Eco Solar informou que atualmente somente 13 fábricas desse porte atuam no mundo na fabricação de placas solares, em países asiáticos, como China e Taiwan, e do Leste Europeu. Segundo a empresa, cada peça tem um tempo médio de vida útil de 25 anos e a estimativa é de que o produto tenha um preço inicial de vendas de R$ 320 para os consumidores, com capacidade para armazenar até 150 watts.

Traduzindo em cálculos, para um imóvel com quatro pessoas, por exemplo, seriam necessárias seis placas solares, suficientes para reduzir a conta de energia elétrica em pelo menos 30%. A Eco destacou, ainda, que a nova tecnologia adotada na fabricação das placas solares, denominada ´filme fino` (com jateamento de silício entre duas placas de vidros) permite a produção com material 100% limpo, mais eficiente e barato. O uso dos aparelhos abrange residências, bancos, supermercados, empresas e estabelecimentos comerciais.

Kapaz disse que o momento econômico de Pernambuco, alavancado, entre outros aspectos, pela movimentação no Complexo de Suape, foi determinante na escolha do estado para receber a unidade fabril. ´A estrutura e o potencial de Suape foram um diferencial e a demanda vai ser muito grande`, completou.

Diario de Pernambuco
Caderno Economia
12.11.2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

PE terá cinco novas indústrias

Protocolos de intenção devem ser assinados até o fim do ano

Pernambuco deve receber cinco empreendimentos de diversos setores. Juntos, os investimentos vão somar entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões, gerando cerca de mil empregos diretos no Estado. De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Jenner Guimarães, a confirmação das empresas depende, ago¬ra, da assinatura dos protocolos de intenção, que deve ocorrer até o final deste ano. As instalações devem começar no próximo ano.

Uma das empresas deve instalar-se na Região Metropolitana do Recife (RMR), entre Jaboatão dos Guararapes e Recife. É um grupo suíço, que montará uma empresa de tecnologia. A expectativa é de que este protocolo seja assinado na próxima quinta-feira. Os outros empreendimentos serão instalados na Zona da Mata do Estado. Catende deve receber uma empresa do setor moveleiro. Sirinhaém, uma indústria de metal-mecânica. E Glória do Goitá, uma fabricante de adesivos e colas. Já em Moreno, um grupo multinacional vai investir na área química. “Este investimento em Moreno não vai ser tão grande, entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões, mas vai gerar bastante lucro no futuro”, afirmou Guimarães. “Após a assinatura dos protocolos, serão definidos os benefícios fiscais e os empreendimentos vão começar as instalações”, completou.

Os possíveis empreendimentos na Zona da Mata vão de acordo com o esforço do Governo de interiorizar o setor industrial do Estado. Entre 2007 e 2009, das 1.751 indústrias de transformação e construção civil instaladas em Pernambuco (que geraram mais de 78 mil empregos diretos), 60% foram em municípios interioranos. Considerando apenas a indústria da transformação, o número corresponde a 71%. Os dados são do Sinal Econômico, informativo trimestral da AD Diper, divulgado ontem.

“Os investimentos industriais no Estado não estão concentrados na região de Suape, vão, também, para cidades como Escada, Sirinhaém, Ribeirão, Palmares e Rio Formoso. Apesar das chuvas que afetaram a Zona da Mata Sul, empreendimentos já garantidos continuam confirmados”, explicou o presidente. “Uma das vantagens que vale a pena destacar é a geração de empregos. A mão de obra local depende cada vez menos da moagem da cana-de-açúcar, que é sazonal”, acrescentou.

Gabriela López
Folha de Pernambuco
09.11.2010

Desenvolvimento ruma para o interior

Das 1.751 novas empresas formadas entre 2007 e 2009, 60% estão fora da Região Metropolitana

O governo de Pernambuco quer avançar mais na interiorização do desenvolvimento. Nos próximos dias devem ser anunciados novos protocolos de intenções para implantação de indústrias nos municípios de Catende, Glória do Goitá, Moreno e Sirinhaém, além de mais um empreendimento para o Parqtel, em Jaboatão dos Guararapes. Juntos, eles somam investimentos de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões, com geração de cerca de mil postos de trabalho.

O crescimento do parque fabril no interior do estado foi o foco da apresentação feita ontem da quarta edição do informativo Sinal Econômico, na Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper). Das 1.751 novas empresas constituídas de 2007 a 2009, entre indústrias de transformação e da construção civil, 60% possuem endereço em municípios interioranos. Excluindo a construção civil, esse percentual sobe para 71%.

No mesmo período, o parque fabril registrou uma expansão de 23,4% no interior e de apenas 12,5% na Região Metropolitana do Recife. ´Embora os valores dos investimentos feitos na Região Metropolitana sejam mais altos, o impacto no interior é maior. Os investimentos, mesmo em volume menor, estão mudando o patamar da economia desses municípios`, comentou o presidente da AD Diper, Jenner Guimarães.

Das 25 indústrias captadas pela agência no terceiro trimestre do ano, representando um aporte total de R$ 428,2 milhões e 1.917 empregos, 14 fincarão suas bases em cidades interioranas. O destaque fica com a Zona da Mata, responsável por 93% dos recursos previstos para o interior. ´Na Mata Sul, apesar das chuvas de junho, os investimentos anunciados seguem firmes e outros continuam chegando. Isso representa uma mudança importante no perfil da região, que tradicionalmente empregava a mão de obra no trabalho pesado e sazonal da cana de açúcar`, exemplifica Jenner.

No ano, os investimentos anunciados pela AD Diper somam de R$ 1,46 bilhão e 6,7 mil empregos. Entre os setores de maior destaque estão minerais não-metálicos, bebidas, têxtil e plásticos. Os profissionais mais demandados são mecânicos, operadores de máquinas, supervisores de qualidade, técnicos em metalurgia, em mecatrônica, em laticínios e técnicos operadores de extrusoras, o que exigirá um esforço extra para qualificação da mão de obra requerida pelas empresas.

Esses números são referentes apenas aos projetos aprovados no âmbito do Prodepe. Em relação aos demais programas de incentivo, como Prodinpe, Prodeauto e o de Estímulo à Atividade Portuária, o diretor de benefícios fiscais da Secretaria da Fazenda, Roberto Abreu, garantiu que as informações estão sendo sistematizadas. ´No mais tardar no início de 2011 já teremos informações detalhadas assim como ocorre no Prodepe`.

Micheline Batista
Diario de Pernambuco
09.11.2010