Pesquisar este blog

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Suape reforçará importações da China com nova operação a partir de agosto

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
19/05/2011 21h00 Hamburg Süd

O Porto de Suape receberá a partir de agosto uma operação de navios cargueiros vindos da China. A operadora alemã Hamburg Süd será a responsável pelos onze navios que sairão de Xangai, passarão pelos portos de Nan-Cha, Hong Kong e Cingapura antes de aportarem em Suape.

De Pernambuco, a carga será encaminhada, através de cabotagem, para os estados do Ceará, Bahia e Amazonas, reforçando a vocação do porto de Suape como centro distribuidor para o Norte e Nordeste. A capacidade dos navios é de 4.600 TEU’s. Eles transportarão todos os tipos de produtos importados da China.

Segundo o presidente mundial da Hamburg Süd, a diferença dessa operação é que Suape, e não mais os portos de Santos (SP) e Sepetiba (RJ), será o primeiro porto brasileiro a receber a carga chinesa.

Com uma movimentação de 250 mil unidades de contêineres por ano e média de crescimento de 30% nesta movimentação a cada 12 meses, o vice-presidente de Suape, Frederico Amâncio, estima que até o fim do ano será preciso iniciar o planejamento para a instalação do segundo terminal de contêineres – para atender à demanda crescente. “A nossa intenção é que Suape se consolide como um grande distribuidor de produtos importados. Devemos manter esse ritmo de crescimento.”

A primeira carga de produtos chineses sai do país de origem em 2 de julho e deve chegar em 4 de agosto a Suape. A partir de então, os carregamentos devem aportar semanalmente a Pernambuco, sempre às quintas-feiras.


Por Juliana Cavalcanti, da redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Senai faz convênio de R$ 7 mi

Dando o pontapé nos investimentos em escolas técnicas para o próximo ano, o Senai Pernambuco assina, hoje, com a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, um convênio no valor de R$ 7 milhões para a construção de uma unidade no município. O estabelecimento ficará em uma área de quatro mil metros quadrados, nas antigas instalações da Rede Ferroviária Nacional, no centro da cidade. As obras começarão no mês que vem e a previsão é de que aulas possam iniciar no segundo semestre de 2011. O Senai Jaboatão poderá capacitar dez mil alunos por ano.

“Iremos formar pessoal qualificado para as demandas das grandes obras, como a Transposição do São Francisco, a duplicação de BRs, a Refinaria Abreu e Lima e a cidade da Copa”, afirmou o diretor da unidade do Senai Água Fria, Severino Trajano. A escola jaboatonense será voltada para a construção civil e máquinas pesadas. “Nossos jovens serão capacitados para as profissões existentes na região, criadas pelos novos investimentos, que chegam atraídos pela localização e infraestrutura oferecidas”, apontou o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Jackson Rocha.

Na grade curricular, a novidade são os cursos de Manutenção, Operação e Gestão Ferroviária, que irão atender às demandas da ferrovia Transnordestina. Também serão realizados cursos de formação básica para as profissões de armador, pintor de paredes, pedreiro e operador de máquinas pesadas, além de cursos de aperfeiçoamento profissional e cursos técnicos, como Segurança no Trabalho e Logística. O montante injetado pelo Senai no ano que vem ficará em torno de R$ 18 milhões, valor semelhante ao de 2010.

Folha de Pernambuco
29.12.2010

Aristocracia italiana descobre Pernambuco

Além da vinda da Fiat, estado abriga fábrica da Campari, Mossi & Ghisolfi e vai receber a indústria Danieli

Os investimentos italianos já somam mais de R$ 4 bilhões em Pernambuco. Além da montadora da Fiat, a próxima empresa desse país a atuar no estado é a Danieli, um dos maiores fornecedores do setor siderúrgico mundial, que será parceira no projeto da Companhia Siderúrgica de Suape. Neste mês, a indústria de bebidas Campari também inaugurou uma planta no complexo portuário e industrial. O primeiro aporte italiano de peso, no entanto, foi do grupo Mossi & Ghisolfi que, em 2007, instalou em Suape a maior fábrica de PET de reator único do mundo.

´São quatro grandes empresas que fazem parte da aristocracia italiana`, afirma o embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca. A Fiat, que é originária de Turim, desde a sua fundação em 1899, é gerida pela família Agnelli. Só a montadora vai aportar R$ 3 bilhões no estado. Já a planta da M&G de Suape custou cerca de R$ 700 milhões e é uma das mais importantes do mundo na indústria de poliéster, colocando o Brasil na erada autossuficiência em resina PET. ´Abastece o mercado nacional com 95% da produção e ainda exporta o resto`, acrescenta o embaixador. A Mossi & Ghisolfi hoje é administrada pelos filhos de Vittorio Ghisolfi, que criou a empresa em 1953, em Tortona.

A Campari surgiu há 150 anos, em Milão, quando Gaspare Campari desenvolveu a bebida vermelha, que é uma das mais famosas do mundo. Hoje o grupo Campari é um dos seis maiores fabricantes mundiais de bebida e continua nas mãos da mesma família italiana. Neste mês, o grupo inaugurou uma planta de R$ 122 milhões em Suape, que terá capacidade de produzir 50 milhões de litros por ano. A próxima empresa a investir no estado é a Danieli, que será um dos empreendedores da Companhia Siderúrgica de Suape, aporte de R$ 1,5 bilhão anunciado há poucos dias. A unidade vai produzir 1 milhão de toneladas de laminados planos por ano. ´A Danieli é uma referência nesse ramo na Itália`, diz La Francesca. A empresa foi fundada em Brescia, em 1914, pelos irmãos Mario e Tino Danieli.

Dois mil e dez foi um ano importante para as relações entre Brasil e Itália. Em abril deste ano, Lula e o presidente italiano, Silvio Berlusconi, assinaram um acordo de parceria estratégica entre os dois países, envolvendo mais de 14 setores, como energia renovável, telecomunicações e micro e pequenas empresas. ´As 20 regiões da Itália reúnem 5 milhões de pequenas empresas. Existe uma para cada doze habitantes do país`, conta Gherardo La Francesca. Neste ano, o volume de investimentos italianos no Brasil cresceu 57%.

´Queremos investir ainda mais. Pernambuco, que está crescendo a taxas chinesas, tem atraído o interesse do país. No próximo ano, quero sentar com o novo governo do estado para identificarmos mais oportunidades de negócios de empresas italianas no estado`, adianta o embaixador.

Por Mirella falcão - mirellafalcao.pe@dabr.com.br
Diario de Pernambuco
29.12.2010

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Petroquímica terá projeto social

A PetroquímicaSuape e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado assinaram ontem um protocolo de intenções para investimentos de R$ 9,4 milhões em dois projetos sociais em Pernambuco. O valor é uma contrapartida da empresa, que tomou um empréstimo de R$ 2,5 bilhões junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para construção de um complexo industrial em Suape previsto para começar a funcionar no primeiro trimestre de 2011.

O primeiro aporte, de R$ 1,9 milhão, será feito na estruturação de um centro de referência em moda pernambucana, em Jaboatão dos Guararapes. O segundo, de R$ 7,5 milhões, está focado na criação do programa Recicla Pernambuco, que irá fomentar a coleta seletiva em 14 municípios do Estado em um primeiro momento.

O centro de referência servirá como uma incubadora de designers e empresas de moda de Pernambuco. Irá funcionar em um prédio cedido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), em Piedade, o Centro José Ermírio de Moraes. O dinheiro investido pela PetroquímicaSuape será empregado na adequação e reformas estruturais necessárias no local. Por ano, 12 designers serão selecionados como residentes para receberem qualificação.

Haverá espaço ainda para 30 semi-residentes, que poderão ser grupos empresariais. A ideia é intensificar a produção de uma moda made in Pernambuco, com enfoque na produção de peças sintéticas, matéria-prima que será produzida pela Petroquímica. A ideia é capacitar os residentes com noções não apenas técnicas, mas de marketing e obtenção de certificações de qualidade.

Já o projeto Recicla Pernambuco visa criar uma rede de coleta seletiva em diversas cidades, da Zona da Mata Sul a Arcoverde, no Sertão. A iniciativa será gerida pelo Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) e pretende fazer com que catadores passem a atuar também na etapa de seleção e processamento de materiais a base de PET, papel e papelão - que irão gerar maiores receitas que o simples trabalho de catar.

As expectativas são de que em cada município sejam gerados 50 empregos diretos com o projeto, que, em algumas localidades, irá exigir toda a construção de estações de reciclagem - enquanto em outros as estruturas físicas serão adaptadas e equipadas com maquinários adequados. A participação da PetroquímicaSuape será na primeira fase do programa, com dois anos de duração. Há ainda a previsão de capacitação dos envolvidos em educação ambiental.

Os protocolos de intenções foram assinados pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Fernando Bezerra Coelho, e pelo presidente da PetroquímicaSuape, Richard Ward.

Jornal do Commercio
28.12.2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fiat em Suape já aquece o mercado fornecedor

Empresas pernambucanas planejam investimentos em ampliação de olho na demanda que será gerada pela montadora. Moura vai dobrar produção de baterias e CBVP quer fabricar vidro de carro

A chegada da Fiat no Complexo Industrial Portuário de Suape já movimenta o mercado local. Indústrias pernambucanas que atuam como fornecedoras do setor automotivo começam a planejar investimentos. A Acumuladores Moura, por exemplo, localizada no município de Belo Jardim, no Agreste, possui um programa de investimentos para os próximos 10 anos. O objetivo é duplicar a atual produção de baterias para automóveis e chegar em 2020 fabricando 10 milhões de unidades anuais.

A informação foi repassada via comunicado oficial da empresa ao mercado. O valor de investimento necessário para essa expansão não foi divulgado. Entretanto, como a Moura foi beneficiada pela prorrogação do regime automotivo – conjunto de benefícios fiscais concedidos a empresas do setor para implantação de projetos industriais no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que sacramentou a vinda da Fiat para Suape – ela teria que aplicar, por exigência do decreto presidencial nº 7.389 do último dia 9 de dezembro, no mínimo R$ 500 milhões na próxima década.

Outra empresa local que terá suas futuras operações diretamente impactadas pela chegada da Fiat é a Companhia Brasileira de Vidros Planos (CBVP), pertencente ao Grupo Cornélio Brennand. A CBVP vai erguer uma fábrica de R$ 330 milhões em Goiana, na Mata Norte.

A unidade será voltada para a fabricação de estruturas para construção civil, mas, desde o seu anúncio oficial, em março deste ano, foi informado que ela estaria apta a produzir vidros para automóveis. Tudo dependeria do mercado. Com o aporte de R$ 3 bilhões da Fiat em um complexo automotivo em Pernambuco essa demanda agora chegou.

O diretor-executivo da CBVP, Paulo Drummond, explicou que serão necessários US$ 40 milhões (R$ 67,6 milhões, de acordo com o câmbio de ontem) para preparar um linha de produção de vidros automotivos.

“Nossa intenção é estar com essa segunda etapa pronta quando a Fiat começar a funcionar, em 2014. Começamos as obras da fábrica em meados de janeiro e dentro de 30 dias deveremos anunciar um parceiro tecnológico, que será fundamental para a fabricação de produtos automotivos”, complementou.

Quem também passa a olhar com bons olhos a chegada da Fiat é a Alpha Plast, indústria plástica com uma unidade em Jaboatão dos Guararapes. Segundo o diretor-comercial da empresa em Pernambuco, Alexandre Markan, uma máquina austríaca de R$ 2 milhões chega no próximo mês ao Estado, vinda da fábrica paulista do grupo.

“Com esse equipamento podemos produzir desde para-choques até painéis. Já trabalhamos com matérias-primas utilizadas em produtos automotivos”, declarou. Atualmente, a empresa produz tampas, embalagens e peças técnicas.

Diario de Pernambuco
16.12.2010

Campari inaugura planta de R$ 122 mi

Fábrica é a 13ª do grupo italiano no mundo e substitui antiga unidade, situada em Jaboatão

O grupo italiano Campari inaugurou ontem sua nova fábrica em Pernambuco, um investimento de R$ 122 milhões que substitui a unidade de Jaboatão dos Guararapes. A planta tem capacidade para produzir 50 milhões de litros de bebidas destiladas por ano - cinco vezes mais do que a antiga - e foi pensada para atender a demanda por destilados da marca no Brasil e na América do Sul. O empreendimento está localizado no Complexo Industrial Portuário de Suape.

Indústria tem capacidade para produzir 50 milhões de litros de bebidas destiladas por ano e atenderá a América do Sul. Foto: Campari/DivulgaçãoSegundo o diretor-geral da Campari para o Brasil e a América do Sul, a fábrica de Pernambuco será responsável por atender as regiões Norte e Nordeste, além de exportar para países como Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Chile, Argentina e Uruguai. Os executivos da Campari não quiseram revelar a projeção de produção para os próximos anos, limitando-se a dizer que a produtividade crescerá de acordo com a demanda do mercado.

A empresa possui outra fábrica no país, localizada no município de Sorocaba, no interior de São Paulo, com capacidade para produzir 70 milhões de litros/ano. No estado, a unidade fabricará, inicialmente, as bebidas Campari, Dreher e Old Eight. ´A fábrica tem uma linha de alta velocidade que pode produzir qualquer um de nossos produtos. Consideramos um 'coringa' também devido à localização estratégica no Nordeste e pela proximidade com o Porto de Suape`, explicou o diretor industrial da Campari, Roberto Athayde.

De acordo com o CEO do Gruppo Campari, Bob Kunze-Concewitz, o Brasil responde por 8% das vendas da companhia no mundo, sendo o segundo em volume de negócios para a companhia, com perspectivas de crescimento nos próximos anos. Apenas em 2009, o grupo faturou um bilhão de euros.

Durante os primeiros nove meses de 2010, as vendas no Brasil dobraram. O país responde pela liderança na venda de Cynar e é o segundo maior consumidor da Skyy Vodka. A Campari tem uma linha de produtos com mais de 20 marcas diferentes divididas em três segmentos: spirits, wines e soft drinks. A empresa também distribui acachaça Sagatiba no país.

O empreendimento, que foi lançado com a presença do governador Eduardo Campos, vai gerar 69 empregos diretos e terceirizados nesta primeira fase, além de comprar os insumos também em Pernambuco. A antiga unidade, que funcionava em um terreno alugado em Jaboatão dos Guararapes, já fechou as portas. ´A fábrica foi construída com o que há de melhor em termos de automação industrial. É uma das mais modernas que a Campari possui no mundo`, assegurou Roberto Athayde. A empresa mantém 13 fábricas ao redor do mundo e distribui seus produtos para 190 países.

Saiba mais
Nova fábrica da Campari

Área total: 72 mil m2

Área construída: 26.200 m2

Investimento total: R$ 122 milhões

Funcionários: 69

Linha de produção - uma; com capacidade para fabricar qualquer tipo de bebida destilada. Inicialmente, serão produzidos Campari, Dreher e Old Eight

Volume de capacidade produtiva - 50 milhões de litros por ano

Mercado alvo inicial - regiões Norte e Nordeste do Brasil e países da América do Sul (Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, Chile, Argentina e Uruguai)

* Fonte: Campari

Por Juliana Cavalcanti // julianacavalcanti.pe@dabr.com.br
Diario de Pernambuco
15.12.2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

2011 consolidará polos naval e petroquímico

Dois grandes polos serão consolidados no próximo ano no Complexo Industrial Portuário de Suape: o naval e o petroquímico. O primeiro deles será marcado pela entrega, em março, do navio João Cândido à Transpetro. O petroleiro Suezmax era pra ter sido entregue em agosto deste ano, mas, devido a atrasos nas obras, o prazo foi estendido. Ainda no primeiro semestre também está agendado o lançamento ao mar do Zumbi dos Palmares, segundo navio de um total de 22 encomendas feitas pela Transpetro.

“Em 2011 iremos lançar ao mar e entregar o Zumbi dos Palmares. Também estamos aguardando o resultado da licitação dos navios-sonda que serão encomendados pela Petrobras”, disse o presidente do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), Ângelo Belellis. O EAS ofertou preço de US$ 4,65 bilhões, o menor do processo licitatório. Segundo Belellis, caso vença a concorrência, possivelmente, será necessária a contratação de, pelo menos, mais mil novos funcionários. “Ainda estamos estudando esta demanda, mas, provavelmente, será necessário esta contratação”, disse. Atualmente o EAS conta com mais de quatro mil trabalhadores.

Em meados de junho as atenções devem ser voltadas para o polo petroquímico. A previsão é de que a planta de produção de ácido tereftálico (PTA), que está sendo construída pela Companhia Petroquímica de Pernambuco (PetroquímicaSuape), seja entregue em julho. “Para ter produto, existem as fases de testes, com duração média de três meses. Nossa expectativa é de que em outubro já tenhamos PTA para comercialização”, afirmou o diretor-superintendente da PetroquímicaSuape, Richard Ward. O PTA é a principal matéria prima para a produção de poliéster têxtil, embalagens PET, filmes fotográficos e de embalagens e fibras industriais. A planta de PTA irá produzir 700 mil toneladas por ano.

O complexo, que possui investimento de R$ 4,007 bilhões, engloba, ainda, a unidade industrial para produção de polímeros e filamentos de poliéster e outra para fabricação de resina para embalagem PET. A construção das duas plantas deve ser finalizada até o fim do próximo ano. “No caso da fábrica de PET, a conclusão será realizada em duas linhas. A primeira etapa deve ser finalizada no final de 2011 e a segunda, quando a planta atingirá a capacidade máxima, deve ficar pronta no primeiro semestre de 2012”, detalhou Wards. A fábrica de PET terá capacidade de 450 mil toneladas/ano.

Folha de Pernambuco
13.12.2010