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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PE pretende ser polo metal-mecânico

Bases do setor para os próximos dez anos foram discutidas em evento

Pernambuco quer estabelecer-se dentro dos próximos dez anos como polo de metal-mecânica para produzir componentes utilizados na operação de refinarias, como caldeirarias, tubulações e vasos de pressão. A oportunidade surge com os empreendimentos instalados no Complexo Industrial Portuário de Suape e as empresas localizadas no polo devem gerar entre cinco mil e seis mil empregos diretos. As bases do projeto foram dis­cutidas, ontem, no “Fó­rum - Desafios da Indústria Brasileira de Caldeiraria - Tubulações e Vasos de Pressão 2010 a 2020”, promovido pela Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi) e Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM), que contou com a participação de 240 empresários do setor, além de pesquisadores e representantes de instituições competentes para viabilizar o polo.


No Brasil, a Região Sudeste fabrica materiais da área, mas a produção é desconcentrada. “Estamos aumentando as oportunidades de instalação de empresas brasileiras e do exterior. Investiremos R$ 1 bilhão na abertura de canais para os estaleiros. Isso vai aumentar a demanda de bens e serviços, por isso, é fundamental a consolidação do polo metal-mecânico”, afirmou o presidente do projeto Suape Global - que tem o objetivo de atrair investidores das áreas de petróleo, gás e indústria naval para o Estado -, Sílvio Leimig. Segundo ele, o polo deve atender ao mercado do Nordeste, da Camada Pré-Sal e da costa Oeste da África.

“Não há mais espaço pelo País para construir grandes caldeirarias. Aqui, temos área, boa logística e profundidade nas águas para transportar”, argumentou o presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes. A Petrobras, por exemplo, de acordo com seu planejamento estratégico, tem como uma das demandas 250 novos barcos de apoio e especiais até 2020. O gerente geral de Desenvolvimento Estratégico do Mercado Fornecedor de Bens e Serviços da Petrobras, João Henrique Rittershaussen, ressaltou que, além do abastecimento direto para a Petrobras, ainda há o fornecimento para os fornecedores da empresa.

GABRIELA LÓPEZ

Folha de Pernambuco
20.10.2010

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