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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Desenvolvimento ruma para o interior

Das 1.751 novas empresas formadas entre 2007 e 2009, 60% estão fora da Região Metropolitana

O governo de Pernambuco quer avançar mais na interiorização do desenvolvimento. Nos próximos dias devem ser anunciados novos protocolos de intenções para implantação de indústrias nos municípios de Catende, Glória do Goitá, Moreno e Sirinhaém, além de mais um empreendimento para o Parqtel, em Jaboatão dos Guararapes. Juntos, eles somam investimentos de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões, com geração de cerca de mil postos de trabalho.

O crescimento do parque fabril no interior do estado foi o foco da apresentação feita ontem da quarta edição do informativo Sinal Econômico, na Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper). Das 1.751 novas empresas constituídas de 2007 a 2009, entre indústrias de transformação e da construção civil, 60% possuem endereço em municípios interioranos. Excluindo a construção civil, esse percentual sobe para 71%.

No mesmo período, o parque fabril registrou uma expansão de 23,4% no interior e de apenas 12,5% na Região Metropolitana do Recife. ´Embora os valores dos investimentos feitos na Região Metropolitana sejam mais altos, o impacto no interior é maior. Os investimentos, mesmo em volume menor, estão mudando o patamar da economia desses municípios`, comentou o presidente da AD Diper, Jenner Guimarães.

Das 25 indústrias captadas pela agência no terceiro trimestre do ano, representando um aporte total de R$ 428,2 milhões e 1.917 empregos, 14 fincarão suas bases em cidades interioranas. O destaque fica com a Zona da Mata, responsável por 93% dos recursos previstos para o interior. ´Na Mata Sul, apesar das chuvas de junho, os investimentos anunciados seguem firmes e outros continuam chegando. Isso representa uma mudança importante no perfil da região, que tradicionalmente empregava a mão de obra no trabalho pesado e sazonal da cana de açúcar`, exemplifica Jenner.

No ano, os investimentos anunciados pela AD Diper somam de R$ 1,46 bilhão e 6,7 mil empregos. Entre os setores de maior destaque estão minerais não-metálicos, bebidas, têxtil e plásticos. Os profissionais mais demandados são mecânicos, operadores de máquinas, supervisores de qualidade, técnicos em metalurgia, em mecatrônica, em laticínios e técnicos operadores de extrusoras, o que exigirá um esforço extra para qualificação da mão de obra requerida pelas empresas.

Esses números são referentes apenas aos projetos aprovados no âmbito do Prodepe. Em relação aos demais programas de incentivo, como Prodinpe, Prodeauto e o de Estímulo à Atividade Portuária, o diretor de benefícios fiscais da Secretaria da Fazenda, Roberto Abreu, garantiu que as informações estão sendo sistematizadas. ´No mais tardar no início de 2011 já teremos informações detalhadas assim como ocorre no Prodepe`.

Micheline Batista
Diario de Pernambuco
09.11.2010

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