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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pernambuco a todo vapor

A economia de Pernambuco cresceu em ritmo chinês no primeiro trimestre do ano (julho-setembro), 50% acima da média nacional, desempenho puxado pela indústria com destaque para a construção civil. O Produto Interno Bruto (PIB) pernambucano foi o que mais se destacou entre os estados nordestinos, apresentando a taxa exuberante de 12,4% contra 8,8% do Brasil. Numa projeção otimista, o PIB estadual de R$ 70 bilhões poderá triplicar até 2030. O dinamismo econômico do estado é comprovado pela redução da taxa de desemprego que caiu de 10,6% para 8,2% na Região Metropolitana do Recife (RMR), sem contar com a criação de 81.322 empregos formais entre janeiro e setembro e o aumento de 8,9% do rendimento médio dos ocupados.

É o que aponta a terceira análise conjuntural da Ceplan Consultoria sobre o desempenho da economia brasileira e regional. O boletim mostra que o Brasil se recuperou bem da crise econômica mundial (2008/2009). A indústria - setor mais afetado pela crise - fez o dever de casa e liderou o crescimento, com destaque para a Região Nordeste, em especial em Pernambuco e no Ceará. A tempestade externa provocada pela crise cambial que já afeta as exportações não deverá atrapalhar o ritmo de crescimento do país em 2011. Os economistas apostam que o Brasil e Pernambuco sofrerão pouco impacto porque têm estratégia de crescimento focada no mercado interno.

A economista Tânia Bacelar, sócia-diretora da Ceplan, destaca que o Brasil está na ´contramão` da economia mundial. ´Chama a atenção dos demais países como o Brasil prossegue com a recuperação do emprego formal e a redução das taxas de desemprego, tendência oposta a mundial`. Em sua avaliação, o país construiu um padrão de crescimento sustentável nos últimos anos, puxado pelo crescimento do mercado interno e dos segmentos que mais empregam. ´O setor privado faz a sua parte e o governo tira proveito com o crescimento da arrecadação de impostos`. Uma prova é a receita de ICMS (imposto estadual) que cresceu 18,3% no Nordeste e 19,7% em Pernambuco, puxado pelas vendas no varejo.

Na análise conjuntural, o professor Leonardo Guimarães, sócio-diretor da Ceplan, chama a atenção para o crescimento do emprego formal no país e no Nordeste, em especial Pernambuco, com aumento de 5,8% do número de vagas com carteira de janeiro a setembro. O setor de serviços e a construção civil puxaram a maior oferta de postos de trabalho na RMR. As obras no Porto de Suape e de infraestrutura nas estradas, além da construção de habitações, incrementaram o número de postos de trabalho. Na avaliação dos economistas, o desafio dos próximos anos é a falta de mão de obra qualificada.

Por Rosa Falcão - rosafalcao.pe@dabr.com.br
Diario de Pernambuco
18.11.2010

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