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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Parqtel // Exportação de painéis solares

De olho nas vantagens financeiras e ambientais da energia solar, Pernambuco deve iniciar de forma pioneira a exportação de painéis solares com a primeira fábrica de placas energéticas no Brasil, a partir de 2012. O governo do estado e representantes das empresas Eco Solar e Oerlikon assinaram, ontem, um acordo de intenções para construir uma unidade no Parque Tecnológico de Pernambuco (Parqtel), no Curado.

O empreendimento terá aporte financeiro de R$ 500 milhões e capacidade de produção de 850 mil painéis fotovoltaicos por ano. A previsão do governo do estado é de que sejam gerados 400 empregos diretos durante as obras, que devem começar dentro de 60 dias, e outros 250 quando a unidade entrar em operação. Além desses, 1,3 mil trabalhadores atuarão na instalação das placas. O instrumento é responsável por captar e armazenar a energia solar.

O presidente da Eco Solar do Brasil, Emerson Kapaz, afirmou que o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) financiará 70% do valor do projeto, enquanto R$ 100 milhões serão garantidos pelo fundo de investimentos europeu FXX Corporate. ´Há interesse de uma empresa brasileira e de um fundo de investimentos americano em participar do negócio`, afirmou. Ele confirmou que a empresa suíça Oerlikon fornecerá tecnologia e equipamentos para Estados Unidos produção dos painéis e disse que a produção pernambucana deverá ser escoada para os EUA, Chile, Peru e Argentina.

A Eco Solar informou que atualmente somente 13 fábricas desse porte atuam no mundo na fabricação de placas solares, em países asiáticos, como China e Taiwan, e do Leste Europeu. Segundo a empresa, cada peça tem um tempo médio de vida útil de 25 anos e a estimativa é de que o produto tenha um preço inicial de vendas de R$ 320 para os consumidores, com capacidade para armazenar até 150 watts.

Traduzindo em cálculos, para um imóvel com quatro pessoas, por exemplo, seriam necessárias seis placas solares, suficientes para reduzir a conta de energia elétrica em pelo menos 30%. A Eco destacou, ainda, que a nova tecnologia adotada na fabricação das placas solares, denominada ´filme fino` (com jateamento de silício entre duas placas de vidros) permite a produção com material 100% limpo, mais eficiente e barato. O uso dos aparelhos abrange residências, bancos, supermercados, empresas e estabelecimentos comerciais.

Kapaz disse que o momento econômico de Pernambuco, alavancado, entre outros aspectos, pela movimentação no Complexo de Suape, foi determinante na escolha do estado para receber a unidade fabril. ´A estrutura e o potencial de Suape foram um diferencial e a demanda vai ser muito grande`, completou.

Diario de Pernambuco
Caderno Economia
12.11.2010

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