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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mais um negócio em Suape

Tem significado bem maior que o desembarque de um lote de 319 veículos vindos da Argentina, a inauguração da Central de Distribuição da General Motors no Porto de Suape. Porque, diferentemente, da experiência da própria GM em 2001 – quando a companhia recebeu forte pressão do lobby do setor de transporte rodoviário –, essa operação se faz dentro de um projeto mais amplo e num contexto em que coloca Suape como uma das pontas de seu projeto global de logística para o Norte e o Nordeste.

Mas para Suape, o desembarque dos veículos trazidos pelo navio Ostra Ace, significa que, a partir de agora, o porto tem, efetivamente, um novo produto na prateleira que pode ser opção para as demais empresas automobilística que operam no Brasil. Ele atende as regiões onde está o maior crescimento de vendas do setor nos últimos anos devido ao aumento da renda per capita.

Como já foi divulgado, os carros importados pela GM e recebidos na CDV devem abastecer o mercado regional. Mas além dos montados na Argentina, a empresa quer trazer veículos do México e da Austrália. E é isso que abre a perspectiva de que a chegada da GM viabilize o plano do Estado se tornar pólo importador automobilístico do Nordeste. Não com uma montadora, mas com uma rede de prestação de serviços. É verdade, essa central de distribuição está sendo inaugurada com mais de um ano de atraso desde o dia da assinatura do termo de compromisso entre o governo do Estado e a GM, em maio de 2008 - quatro meses antes da crise global que arrasou o setor nos Estados Unidos e a economia americana. Mas desta vez, ela pode ser o começo de uma nova cadeia produtiva a se abrigar no terminal portuário de Pernambuco.

Publicado na Coluna JC Negócios
Jornal do Commercio (05.05.2010)

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